Palma de Buda

Grama molhada
Pássaros a cantar
Sol amanhecendo
Como quem atrasou-se com a chuva

Orvalho confunde-se
Em meio a vestígios de chuva
Sombras recuam
Ante o som de passos

Passadas ritmadas e constantes
De um andarilho do horizonte
Com calmos passos
No apoio de um singelo cajado

Sua túnica negra mantém-se impecável
Como se nunca houvesse chovido
Seu rosto, no entanto, visível não é
Oculto sob um chapéu cônico de bambu

Seu cajado opaco
Exala luz a cada passo
Com seus TOC's
Repele a escuridão do mundo

A escuridão de suas vestes
Ri da tolice das sombras
Por pensarem ser aliadas
Quando na verdade são o yang

As sombras detém número
Mas são insignificantes
Perante o Buda encarnado
Que indiferente olha

Tantas batalhas travadas
São no silêncio de um caminhar
Pois demônios existem
Eles vivem no coração de cada um de nós

Não tema pois!
Não precisamos de anjos
Somente de uma afiada mente
E um forte escudo no coração

Abandone seus deuses
Se sua convicção não for verdadeira
Nada te salvará
Apenas por conveniência

As trevas são fracas
Mas a omissão, forte lhes torna
Nada é pior que a indiferença
Que parece tornar todo crime, pecado maior

Segue o monge
Em seu lento caminhar
Pelos úmidos campos
A reluzirem ao sol

Em direção do horizonte oposto ele anda
Caminha convicto
Parece seguro de sua missão
Enquanto porta a luz da esperança

Palma de Buda- poesia

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Fogo Fátuo

Doce luar
Irradia
Suavemente
A floresta

A escuridão
Temerosa recua
Ante o sentimento
Negrume desfeito

Ri o diabrete
Em sua fraqueza
Afronta às sombras
Dissolvendo rios de sofrimento

A chama ofusca
Porém num triste bruxulear
Vê-se as portas
O inferno chama

Perambulando
Guiando mortos
Em encruzilhadas
Perdendo-se em sua mente

Desespero exala
Perde-se o caminho
Não vê mais retorno
Apenas fogo fátuo

Cresce a agonia
Onde o caminho foi errado?
Quando derrubei o que me pertencia?
Quando deixei de ser eu?

As máscaras derrubei
Sinto-me frágil e indefeso
Foi obra sua diabrete
Guiou-me para o caminho da verdade

O demônio ri
Sem alegria, no entanto
Apenas um escárnio cínico
O fogo se apaga

Não só ele
O mundo inteiro se apagou
Como a uma ilusão
Para preencher o vazio

Soa como uma piada
Uma paródia de minha alma
Que na verdade
Sempre foi vazia

Sempre por terceiros
Estou perdido nesse vazio
Simplesmente decido por
Fechar os olhos.

Poesia do bardo

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Putrefato

Tudo está como deveria ser
Nada mudou
Pelo menos...
Parte do tempo

Tudo está como deixaram
Mas eles não estão ali
Todos se esconderam
Ou foram mortos

Mas não há nada a temer
Tudo está como deveria
Pelo menos em parte do tempo
A doce ilusão deserta impera

Quando o demônio desperta
É melhor fugir humano
Fugir do que não há fuga
Melhor se esconder

Mesmo que lute
Não adianta
Nós reinamos aqui
Nada acontece sem que permitamos

Esse é meu mundo
Ninguém poderá tomar de mim novamente
Não sentirei mais aquela terrível dor
Em meu inferno particular

Vocês todos são meus cordeiros
Pensam que vivem por sua luta
Tudo em vão
Quando é da minha diversão que sobrevivem

Quando a conversão ocorre
Aquilo que é eterno
Enfim mostra
O inferno que se tornou, desde aquele dia

Todo este lugar foi contaminado
Minha dor se espalhou por tudo
O sangue seco nas paredes
É minha cansada dor

 Jorro demônios por vingança
Atormentar aqueles que me feriram
Para afastar-los
E nunca mais serei ferida

A putrefação chegou a Sillent Hill
Tudo se deteriora nessa hora
Eu deveria estar morrendo a cada dia
Mas meu ódio é mais forte do que isso

Quando tudo acabar
Irei sem reclamar
Receber minha punição
No inferno que mereço.

Poesia do bardo (baseado em Sillent Hill)

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Brumas Urticantes

Densa neblina
Intoxicação
Cegueira
Sem saída

Presença da morte
Putrefação à espalhar
Deterioração desenfreada
Ciclo da vida

Carne degenerada
Na ocre bruma
Névoa à ocultar
Vultos desgastados

Trilha noturna
Como à uma travessia de Caronte
Em negras águas
De sombras como à um Rio Estige

O lento despertar
Da impureza
Numa eterna dança
Até a morte repetida

Poesia do bardo

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Lua

Sempre esteve ai
Nos encontramos e desencontramos
Está distante
Mas vejo seu brilho

Agora te vi
Para mim, iluminando
Cresceu seu simbolismo
Tornou-se a única no céu

 Seu luar é aconchegante
 Carregado de uma leveza
Demonstrando
A grande gentileza que carrega

 Anseio por seu toque
Meu coração palpita
Sou como a um lobo solitário
Á uivar para a lua

Sou egoísta porém
Quero-lhe só para mim
Para não dividir com mais ninguém
Bela lua

Não me odeie
Tenho muitos defeitos
Quero seu bem porém
Junto a mim

Logo chegarei a você
Criarei asas se for preciso
Asas negras de meu orgulho
Que me ascenderá até você

 Bela lua
Permitiria-me
Que eu seja o seu único
Sol?

Poesia do bardo

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